Aqui você encontra um breve histórico sobre os existencialistas mais conhecidos e estudados na Psicologia:
Jean Paul-Sartre
Foi filósofo, escritor e crítico francês. Ficou conhecido como o maior representante do existencialismo e acreditava que os intelectuais deveriam ter um papel ativo em sociedade, por este motivo era militante de esquerda refletindo seu pensamento em sua forma de vida e em suas obras. Um exemplo de sua vivência esquerdista foi a recusa do Nobel de Literatura em 1964.
Segundo o pensamento sartriano a existência precede a essência, desta forma primeiro se nasce e depois se define, não havendo uma essência anterior ao nascimento. Baseado principalmente na fenomenologia de Husserl e em ‘Ser e Tempo’ de Heidegger o existencialismo sartriano procura explicar todos os aspectos da experiência humana. Seus livros mais famosos são: “O Ser e o Nada” e “Crítica da razão dialética”.
Juntamente com Simone de Beauvoir, sua companheira e colaboradora, formou um dos casais não convencionais e filosóficos mais conhecidos até os dias de hoje.
Martin Heidegger
Um dos mais importantes pensadores do século XX, principalmente pela temática central de se (re)pensar o “ser”, ou seja, o indivíduo e sua relação com o mundo onde vive. Foi grande influência para diversos filósofos, entre eles Jean-Paul Sartre.
Heidegger cursou Teologia e logo depois ingressou em Filosofia, onde teve como professor, Edmund Husserl, idealizador da Fenomenologia. Foi e ainda é um filósofo que divide opiniões por ter sido polêmico em algumas questões de sua vida. Muito próximo de Husserl, foi seu assistente após terminar sua graduação, e com ele teve base para escrever o livro mais importante de sua carreira – “Ser e Tempo”. Anos mais tarde se inscreve no Partido Nazista, comunica a Husserl, que era judeu, sua demissão como professor e um tempo depois se torna reitor da Universidade de Friburgo. “Ser e Tempo” a principio foi dedicada a Husserl, porém após sua aproximação com o nazismo, Heidegger retira a dedicatória em sua próxima edição.
A leitura da filosofia de Heidegger estrutura-se sobre conceitos como: Dasein (o ser-aí ou o ser-no-mundo), morte, angústia e tomada de decisão. Teve como aluna a judia Hannah Arendt, que se tornou também uma importante filósofa do século XX e com quem se envolveu amorosamente.
Søren Kierkegaard
Considerado o pai do existencialismo Kierkegaard foi filósofo e teólogo dinamarquês. Grande parte da sua obra versa sobre as questões de como cada pessoa deve viver, focando sobre a prioridade da realidade humana concreta em relação ao pensamento abstrato, dando ênfase à importância da escolha e compromisso pessoal. Na vertente psicológica explorou as emoções e sentimentos dos indivíduos quando confrontados com as escolhas que a vida oferece.
É um dos poucos autores cuja vida exerceu profunda influência no desenvolvimento da obra. As inquietações e angústias que o acompanharam estão expressas em seus textos, incluindo a relação de angústia e sofrimento que ele manteve com o cristianismo. Muitas das suas obras lidam com problemas religiosos tais como a natureza da fé, a instituição da fé cristã, ética cristã e teologia. Por causa disto, a obra de Kierkegaard é, algumas vezes, caracterizada como existencialismo cristão, em oposição ao existencialismo de Jean-Paul Sartre, considerado de base ateísta. Um de seus livros mais famosos é: “O Conceito de Angústia”.
Simone de Beauvoir
Foi escritora, filósofa existencialista e feminista francesa. Depois de passar nos exames de bacharelado em matemática e filosofia, estudou matemática no Instituto Católico e literatura e línguas no Instituto Sainte-Marie, e em seguida, filosofia na Universidade de Paris. Em 1929, com 21 anos, Beauvoir se tornou a pessoa mais jovem a entrar no mestrado de filosofia e a nona mulher a obter este grau na França. Foi professora de filosofia até 1943 em escolas de diferentes localidades francesas.
Além da relação amorosa com Jean-Paul Sartre, mantinha também uma grande afinidade intelectual com seu parceiro. Beauvoir colaborou com a obra filosófica de Sartre, revisava seus livros e também se tornou uma das principais filósofas do movimento existencialista. Sua obra literária inclui diversos volumes autobiográficos, que frequentemente relatam o processo criativo de Sartre e dela mesma.
Considerada uma das precursoras do movimento feminista, era uma grande ativista por lutas sociais e de direito das mulheres. Seus livros mais famosos são: “O Segundo Sexo” – uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade – e “Os mandarins” – obra pela qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerada a sua obra-prima.
Karl Jaspers
Breve resumo.
Edmund Husserl
Foi matemático, filósofo e o responsável por criar a escola da fenomenologia. Ele rompeu com a orientação positivista da ciência e da filosofia de sua época. Acreditando que a experiência é a fonte de todo o conhecimento ele trabalhou em um método de redução fenomenológica em busca de “voltar-se as coisas mesmas”, ou seja, na descrição das experiências vividas como forma de se aproximar ao máximo do fenômeno existente.
- Existencialistas famosos - 9 abril, 2015
- Só que não! - 5 março, 2014
- Lendo Mentes - 4 março, 2014